Estocolmo - Parte 5 - Lei de Murphy

Domingo de manhã eu e a Lisa acordamos às 5:30 da manhã pra sairmos antes das 6:15 e chegarmos no ferry uma hora antes dele partir, como mandaram a gente fazer. Nos arrumamos, tomamos café e fomos pegar nossos calçados na entrada no hostel. Na Suécia, como aqui na Finlândia, o pessoal costuma deixar os calçados na entrada da casa e usar pantufas ou chinelos dentro de casa. Eu descobri que isso tem uma ótima justificativa no inverno: molhaceira vinda da neve. E no hostel não era diferente. Eles até emprestavam uns chinelinhos pra quem não traz.
Só que quando fomos pegar nossos calçados, vimos que a bota da Lisa tinha sumido! 6:10 da manhã, tudo pronto pra irmos e a maldita bota simplesmente sumiu!!! O ladrão ou sei lá o que simplesmente resolveu sumir com a bota no último dia, quando não tínhamos tempo pra ficar catando e muito menos pra comprar outra...
Procuramos em todos os cantos possíveis, considerando que podia ser uma brincadeira de mau gosto, e não achamos. Pra nossa sorte, uma alemã com quem fizemos amizade estava morando no hostel e tinha o código das portas dos outros quartos, pois a recepção só abre em horário comercial. Passamos nos quartos pra perguntar se tinham visto a bota até que num deles a encontramos do lado da porta. O que ela estava fazendo lá não se sabe até hoje... Se alguém quisesse roubar seria mais útil esconder, né... Não sei, só sei que pegamos a bota e corremos pro metrô pra pegar o seguinte ao que tínhamos perdido.
Chegamos a tempo no ferry, embarcamos bem e a viagem foi boa. E quando chegamos em Turku, por volta das 19:45, fomos pegar o trem pra Tampere pra depois ir pra Jyväskylä. Toooodos os dias tem trens até tarde de Tampere pra Jyväskylä... Exceto pelos domingos!!! É óbvio que isso foi a única coisa que esquecemos de conferir. A gente tava tão segura de que teriam trens pra Jyväskylä que esqueceu de conferir no site! Sim, é burrice, eu sei, não se faz isso, etc., mas aconteceu, que vou fazer...?
Então, tivemos que ir pra um hotel perto da estação de trem em Tampere e pagar o equivalente a duas noites no hostel de Estocolmo pra ficar 7 horas no hotel... Masss, lição aprendida! hehehe Agora minha viagem pra Oslo tá planejada nos míiiiinimos detalhes! =P
O que não contei antes é que quando estávamos indo pro trem de bicicleta pra iniciar a viagem, uma mulher abriu a porta do carro dela na Lisa e ela caiu. Sorte que não passava nenhum carro e que a gente tava indo devagar... Era uma das 3 quadras do centro que não tem ciclovia e a anta da mulher conseguiu acertar a Lisa bem nesse trecho. Mas ela ficou bem, fora um baita roxo na perna, e conseguimos iniciar a viagem dentro do planejado apesar do contratempo.
Portanto, começamos e terminamos nossa viagem com alguns probleminhas, mas no fim conseguimos sobreviver com muitas histórias pra contar e alguns euros a menos na conta bancária... hehehe