Vôlei

Depois de um tempo sem praticar regularmente resolvi tentar jogar vôlei de novo. Isso envolve principalmente dois motivos. Primeiro, porque gosto, mas não quero mais jogar competições de um nível médio pra bom, pois isso iria me obrigar a treinar um monte e é justamente o que não quero. E aqui encontrei um lugar em que posso jogar de graça, num nível não muito bom, mas também não muito ruim. No Brasil eu não tinha essa opção. Era ou jogar com as cumadres semanalmente sem poder atacar que nem gente ou jogar pra valer e morrer treinando. Não que eu não goste de treinar! Eu gosto bastante e esse joguinhos me dão uma baita vontade de treinar decentemente, mas é que não há espaço pra treinos regulares e fortes junto dos meus estudos. Um dos dois sai perdendo sempre. Então, é melhor nem me comprometer com nenhum time...
Outro motivo que me estimulou foi conviver com mais finlandeses, conhecê-los melhor e estimular a linguagem também. Dizem que é bom ter amigos finlandeses pra aprender a falar. É claro que elas falam inglês comigo, mas entre elas é sempre em finlandês e o técnico dá instruções em finlandês também e depois alguém traduz resumidamente pra mim. Mas é aquela coisa da linguagem corporal, né... Tranquilo...
Bom, então fui lá jogar com as finlandesas um dia e no outro... Roxões pelos braços:

Isso nunca tinha acontecido... Não sei qual foi o problema, se estou mais sensível depois de velha, mas sei que fiquei um dálmata com pintas roxas!
Mas o treino em si foi legal. Bem light e divertido. E a gente joga com bola chique (é assim que se escreve?) da Mikasa:
E outra coisa interessante é o jeito de arrumar a rede (ok, é interessante só pra mim e pra quem normalmente apanha da rede pra arrumar a altura certa com aquelas réguas pré-históricas...). Eles têm a rede fixa, que tu só dá uma ajeitadinha pra afrouxar ou estender mais, e um "pino" que tu afrouxa e regula a altura da rede de acordo com a medição do "poste". Olha só a foto:
Outra coisa legal é que elas treinam escutando música! Ligam o rádio e ele fica durante o treino todo com musiquinhas finlandesas! :)
Bom, fora as novidades dos materiais, os treinos estão legais. Fui em três só, mas já conheço mais ou menos o pessoal e elas são bem legais. Abaixo tem uma foto delas indo aquecer com uma brincadeira. Tavam se organizando (e eu de turista tirando fotos... hehehe).
Em outubro parece que vai ter um campeonato e o técnico me convidou pra jogar. Ele vai até fevereiro, se não me engano e tem dois dias de jogos por mês. Eu falei que ia nos que pudesse, que minha prioridade era estudar, né... Mas por eles tá tudo bem, então acho que vai ser legal! :)

Janta pasquistanesa

Ontem o meu colega Rizwan fez uma janta na casa dele pro pessoal do mestrado e mais uns amigos dele. Ele é paquistanês (não, não é o do visto) e fez uma comida típica de lá beeem boa! Foi bem legal e queria mostrar um pouquinho da comida e alguns dos meus colegas que estavam lá.
Bom, esse é o Rizwan, meu colega de mestrado e vizinho de prédio:

Ele é muito gente fina e nos convidou pra janta. A comida é essa aí embaixo. Ela é picante, mas não demais. Aquela que deixa uma ardência na língua com a qual é possível conviver. E beeem gostosa!! Era um arroz com frango e umas coisas diferentes no meio. O tempero é beeem bom!

Esses são alguns dos meus colegas de mestrado, mais alguns outros amigos dele. Os meus colegas são: Weldon (de branco, na frente, americano), Faisal (bem no meio e na frente, de Cingapura), Lisa (na minha direita, de roxo, Russa), Ezgi (na direita da Lisa, abaixo do Rizwan, da Turquia), Rizwan, Muhumza (à direita e atrás do Faisal, de Uganda),Maria (bem no canto esquerdo da foto, de óculos, Grega) e Pinja (acima de mim, da Finlândia).
Despois da janta, dançamos algumas músicas típicas de alguns países (não, eu não mostrei como se dança samba pra eles... hehehe) e a foto aí é de uma música do coelho muito engraçada. É uma pena que não tiraram foto da dança grega. Tava muito engraçado também! Tinha até um "hup" no meio... hehehehe
Bom, só queria contar um pouco do meu fim de semana. Tava bem divertido e hoje teve sooool! Muito bom!!! Vou guardar esssa sensação pro mês que vem, que dizem que é o pior... ;)
Boa semana!
Beijos

Outono

A Palmeirinha me pediu pra ser os olhos das pessoas, então eu trouxe umas imagens (de verdade, não que nem do Edson) do outono hoje. Tá muito bonita a paisagem por aqui. Acho que é o outono mais bonito que já vi na vida... Como já faz tempo que ele chegou, já tem vários lugares muito bonitos! Pobres das folhinhas...

Na universidade

Laguinho no caminho de casa amarelando

Escolinha atrás da universidade

Uma árvore bonita :)

Os patinhos ainda resistem por aqui (dizem que eles migram no inverno)

Se for caso de vida ou morte, (não) conte comigo

Geeente, percebi que eu sou uma naba em situções de pressão por uma ação instantânea! Que horror!!
Ontem tava eu conversando na cozinha com uma das minhas roomies (Nancy) e ela me perguntou que horas eu tinha acordado. Eu respondi 11h e ela meio que arregalou os olhos e começou a andar pra trás e tropeçou e BUM, caiu pra trás e bateu com a cabeça na parede! Eu fiquei chocada pelo que me pareceu uns 5 minutos. Nem era tão tarde assim pra um domingo, poxa! =P Mas acho que passaram uns 5 segundos, não sei... Eu fiquei olhando pra cara dela de fora do ar no chão, com aquele olhar vidrado apavorante e pensei "desmaio, o que se faz mesmo? Água? Açúcar? Sal? Chá??? Encosto nela? Tento mudar a posição? Chamo ajuda?". E aí veio o clique. Realmente não tinha a menor ideia do que fazer e na dúvida é melhor não fazer merda, né... Chamei uma amiga dela que tava no quarto com um inglês totalmente falho que saiu mais ou menos "Nancy...she's not fine...she fell..." ou algo assim.
A guria veio meio confusa e nisso a Evelin tb apareceu no corredor e me perguntou o número da emergência. Eu disse em espanhol, sei lá por que, tava bem maluca!! Aí ela saiu pra chamar a ambulância e a Nancy começou a acordar. Eu fiquei aliviada, mas não queria que ela se mexesse muito, né... Sabe quando a pessoa acorda e diz "não, tô bem, deixa eu levantar" e BUM, cai de novo? Pois é, eu não queria ver a cena de novo! Só que ela começou a rir, perguntou "o que eu tava falando mesmo?" como se ela tivesse saído pra atender o telefone e voltado!! Eu meio sem norte falei "tu tinha me perguntado que horas eu acordei". E ela "ah, sim, não me lembro o que eu tava falando...". Aí começou a se levantar e eu meio pronta pra tentar pegar se ela caísse e a amiga dela rindo da minha cara de apavorada. Levantou, olhou pra minha cara de terror e disse "ah, tu achou que eu tinha morrido, né?" e ficou tirando uma onda ainda! Como a pessoa levanta de um desmaio desses, bate a cabeça com tuuudo e ainda acha lugar pra tirar onda?? Eu perguntei se não era melhor dar uma olhada na cabeça dela, pq a batida foi feia e se já tinha acontecido isso com ela antes. Ela disse que tava tudo bem e que acontece de vez em quando, quando ela come muito açúcar...
Bom, aí fiquei mais aliviada, fui fazer minhas coisas no meu quarto, sentei e vi que na verdade continuava cagadíssima! Sério vocês não viram o olho vidrado dela! Não consegui mais conversar com a guria o dia inteiro, com medo dela cair no chão do nada! Impressionante!
E no fim, fiquei pensando. Que inutilidade a minha! Nem uma ideia útil do que fazer com a pessoa desmaiada! Fiquei lá...ããããããã.......... E nada. Queria ser que nem o James Bond ou algo assim, que quando vê uma situação pergiosa e precisa agir rápido vai lá e faz em vez de ficar pensando... Por isso, já aviso. Não passem mal perto de mim porque sou um ser inútil nesses casos!

Touching

Como todos sabem, aqui na Europa o pessoal não é muito chegado a ficar se tocando.... Tu dá um sorriso pra dizer oi e às vezes um aperto de mão. Eu sempre cuido pra não passar do limite da pessoa, porque às vezes eles se sentem invadidos com muita aproximação, então na dúvida eu não fico muito perto. Mas é sempre bom encontrar a Érika (minha amiga equatoriana) e poder dar um abraço e um beijo na bochecha :D
É uma questão cultural, a pessoa não tá acostumada a ser tão próxima e fica mais no espaço dela. Dependendo do país, ela pode estar acostumada a ser um pouco mais próxima ou não. E a gente vem conversando muito sobre isso e outras diferenças culturais numa das cadeiras que estou fazendo aqui, que é sobre Habilidades de Interação e Interações Interculturais.E eu achei que já estava acostumada com essa distância toda, mas na última aula estávamos falando justamente sobre esse assunto e eu resolvi contribuir com a discussão e falei que eu sentia falta da proximidade das pessoas e do toque. Eu sou uma boa repressora dos meus sentimentos (muito feio pra uma psicóloga... hehehe) e então nem eu mesma sabia que eu sentia tanta falta, porque quando falei isso, minha garganta ficou embargada. Foi uma surpresa pra mim também, mas parece que sinto falta mesmo!!!
Então, resolvi colocar hoje umas fotos de abraços e pessoas junto comigo pra celebrar o calor humano! hehehe
Eles não sabem o que estão perdendo! heheheheSaudades de vocês!!
Beijão e uma abração!! :D

Perda de QI

Geeeente, devo ter perdido uns pontos de QI nessa semana. É a única explicação pra tanta trapalhada burra em tão pouco tempo. Eu achava que era azar, mas ou estou cansada de tanto ler e meus neurônios não funcionam pra mais nada além disso ou eu realmente perdi QI no caminho pra Finlândia.
Ontem eu tava andando de bicicleta com o casaco em cima do gidão dela. Aí ele começou a cair pro lado e eu muito reflexivamente fui pager o casaco e me estatelei no chão! Sorte que eu tava devagar, né... Mas não me machuquei nem nada, só passei vergonha na frente de uma criancinha que me olhava com descrédito e arranhei a mão na terra (caí na terra, ufa!). Agora tô com mão de criança sapeca... hehehe
Só que de noite, estava em casa e fui fechar a porta do meu quarto ao mesmo tempo em que tirava a chave da fechadura. Eu faço isso tooodo dia, mas adivinha? Ontem não deu certo, a chave trancou e a porta fechou na minha mão! Naquela altura eu só pensei "por favor energias do bem, façam com que eu não tenha quebrado nada!". E elas me ajudaram. Fiquei com um cortezinho na mão, que ficou levemente inchada na região, mas tá tudo inteiro. O pior foi que eu não tinha gelo e começou a me doer meeesmo. Aí peguei um saco de vegetais congelados que tava no freezer e coloquei na mão. Foi ótimo e agora estou bem! :D
Pra terminar (assim espero), depois de eu pensar que estava livre da zica do dia anterior, comecei a achar que eu vou fazer aniversário de novo, porque só pode ser inferno astral! Resolvi usar a bela cera de depilação que a mãe me trouxe do Brasil. E eu não tinha microondas até hoje de tarde. Então fiz em banho maria, como estava previsto no rótulo. Só que o rótulo não avisou que ia começar a entrar água pra dentro do pote e que ia ficar uma melequeira na minha panela. Então tirei o pote de dentro e coloquei no lado enquanto tentava limpar a minha rica panelinha enquanto a cera ainda tava quente. Só que o fogão do lado tb estava quente (é elétrico)! Aí o pote começou a derreter, só que só vi isso quando era tarde demais. Tinha plástico derretido no fogão, com cera derramando por todos os lados enquanto eu tentava controlar a situação. Ou seja, uma melequeira que me tirou uma hora do meu dia pra dedicar à limpeza da cozinha. Pelo menos consegui limpar tudo... Tava apavorada achando que não ia sair e que eu ia me ferrar... hehehe
Bom, agora eu estou pensando duas (mil) vezes antes de qualquer ato, sem burrices mais! Espero que amanhã seja um dia melhor! hehehe
Saudades de vocês!
Beijãooo

Visita do pai e da mãe

Como muitos de vocês já sabem, meus pais vieram me visitar aqui nessa semana. Alguns vão estranhar e pensar "mas já??", mas é que eles não vieram pra europa especialmente me visitar. Eles tavam planejando essa viagem desde o ano passado com os amigos e vinham igual nesse mês. Aí se organizaram pra me visitar antes de começarem o tour com o resto do pessoal.
A visita foi bem legal. Não tivemos muito tempo, mas eles conseguiram conhecer alguns pontos da cidade e deu pra matar a saudade. Além disso, é claro, eles me entupiram de comida e trouxeram vaaaarias coisas úteis do Brasil das quais eu sentia falta, tipo café (bom), leite condensado, cera depilatória e a mãe também me trouxe uma cortina extra pra ela ficar dupla e eu não ver mais sombras à noite (mãe é mãe... uhauahuha).
Agradeço também pelos presentes enviados "via meus pais": camiseta que o Dindo me deu do Bi da Libertadores, a manta dada pela minha Dinda e o brinco pela Tia Anna. Adorei todos! Muito obrigada!!! :D
Deixo aqui algumas fotos que tiramos nesse dia e meio juntos:

Eu e a mãe na churrasqueira que o pai queria muito tirar foto

Eu e o pai na universidade depois do almoço

Nó strês jantando no primeiro dia

Peso a menos na bagagem deles depois de passar por aqui... hehehe
(a bolsa e as luvas não são parte do que eles me trouxeram)

Linguagem universal

Hoje abriu a temporada de esportes da univesidade. E eu, na abstinência, já fui fazer uma aulinha aeróbica báaaasica... hehehe
Cheguei lá um pouco antes da hora e já estavam algumas meninas na frente da porta esperando pra entrar. Aí perguntei se era a fila pro "gutbusters" (sim, o nome da aula já é meio apavorante...) e elas me disseram que sim. Então perguntei o que precisava pra aula e elas me mostraram um colchonete e dois pesinhos e me apontaram onde pegar. Fui lá e peguei um pesinho levezinho e meu colchonete e voltei pra frente da porta.
Quando entramos, ia imitando o que as outras faziam, me posicionei e a professora começou a aula. TUDO EM FINLANDÊS! Quando ela começou o discurso inicial, eu pensei "Meu Deus, eu vou parecer uma descoordenada porque nunca vou estar no movimento certo...". Mas aí ela começou a dar os exercícios, sempre fazendo tudo junto e eu me coordenei! Fiquei muito feliz de não passar vergonha e consegui fazer as coisas direitinho! :D
Pra não dizer que eu não entendia uma palavra, eu entendia os números, o "mais um pouco" e aprendi como dizer "pra baixo" hehehe Foi bem divertido e a única coisa perto de mico foi quando a professora disse alguma coisa que não entendi e todas foram na direção de suas coisas e vi uma bebendo água e pensei "pausa pra água". Fiquei no meu lugar, pois não tinha levado água e aí uma menina me disse que era pra pegar os halteres que estavam separados... Mas quase ninguém viu que eu tava perdida... =P
Também era engraçado quando a professora passava conversando com a gente e bem na minha frente falava umas coisas olhando pra mim como se eu tivesse entendendo. E eu sorria, me segurando pra não gargalhar, porque provavelmente ela devia achar que estava me motivando horrores e eu não entendia nadinhaaa... hehehe
Bom, depois dessa experiência, eu diria que a linguagem universal é a corporal, porque mesmo sem entender quase nada, eu ainda posso imitar e fazer mímica sempre! Ufa! :D

Preconceito cultural

Não sei se a expressão "preconceito cultural" existe mesmo, mas eu venho querendo escrever sobre isso há uns dias. E ontem, com essa semana de orientação que a gente está tendo na universidade, surgiu esse assunto e acabei me inspirando um pouco pra escrever.
Numa dessas palestras, uma estudante de comunicação intercultural (ou algo assim) estava falando sobre a adaptação em um país diferente do nosso e o que podemos fazer pra melhorar isso. E ela trouxe coisas que eu vinha pensando há uns dias mesmo. Uma dessas coisas foi sobre largar os estereótipos dos lugares, no caso, da finlândia, pra conseguir se adaptar melhor. E é muito verdade isso!
Venho notando há um tempo que o pessoal latino, principalmente da américa, gosta muito de falar das coisas que são melhores nos seus países. Como as frutas daqui não são tão boas, como as carnes têm gosto diferente, como os finlandeses não falam muito e como faz frio mesmo no verão. Só que isso começou a me incomodar um pouco, porque mesmo eles não tendo frutas com as quais eu esteja acostumada, eles têm outras também boas, e mesmo a carne não sendo tão boa, os molhos são beeem bons e a gente nem sente o gosto da carne. E sobre os finlandeses, é muito interessante porque TODOS falam que eles são distantes e não abrem espaço pra novas pessoas, mas eu ainda não conheci nem unzinho antipático e que não fala... E com a palavra "todos" eu me refiro também aos europeus, que mesmo sendo bem menos "calientes" que nós, ficam tirando sarro dos finlandeses "fechados e distantes".
Só que o que parece pra mim é que as pessoas já tem o estereótipo pronto e só estão esperando uma oportunidade pra confirmar ele. E aí fica difícil pros pobres finlandeses se safarem... E não só os finlandeses. É muito interessante observar turistas que passaram por um lugar por uma semana dando dicas muito "confirmadas", do tipo "março é muito quente em tal país". O cara fica por cinco dias, de um único mês, de um único ano e em uma única cidade e consegue generalizar isso pra "março é muito quente no país inteiro". Fico chocada! hehehe Mas isso é o de menos. O pior é quando falam "o povo de tal país é muito (mal) educado". Imagina quantas pessoas que nasceram ou moram há bastante tempo na única (ou uma das únicas) cidade que o tal turista visitou por poucos dias ele realmente conheceu e, memso assim, já conseguiu tirar uma informação sobre um povo todo...
Pois é, é sobre essas coisas que a moça intercultural tava tentando nos dizer. "Abram a mente e dêem uma chance aos finlandeses" hehehe E eu tô tantando dar a minha...

Mas outra coisa totalmente diversa que também me motivou a escrever sobre isso foi algo que aconteceu com um futuro colega de mestrado. Ele é paquistanês e a universidade que ele escolheu foi a da Grécia. Ele foi tentar tirar o visto em março e o cônsul disse que não era pra tirar ainda, que podia ser em julho, pois levava 15 dias. Aí ele voltou em julho com todos os papéis e o cônsul disse que estava tudo certo e era pra buscar o visto em 15 dias. Então ele voltou em 15 dias e o cara disse pra ele trazer mais um outro papel. Aí ele trouxe e o côsul pediu mais outro. E ele levou e o cônsul resolveu pedir um mais difícil e completamente absurdo. Era algo como um reconhecimento do ministério da educação do diploma dele. Sendo que o diploma já era reconhecido. Só que isso levaria mais de um mês pra checar e não daria tempo de ele ir pra Grécia antes das aulas. Fora que claramente o cara tava tentando fazer ele não ir pra Grécia. Então meu colega falou com a coordenadora do nosso curso e ela ligou pro tal do cônsul, explicou a situação e o cara distorceu toooda a história, mas disse que dava pra resolver. Só que quando meu colega foi lá resolver, ele voltou atrás em tudo o que disse pra nossa coordenadora e disse que a culpa era do meu colega, que agora não dava mais pra conseguir visto porque ele não tinha feito a inscrição corretamente e teria que ser anulado (!!!). Resumindo, ainda tentaram falar com o cônsul: o professor responsável do curso, o reitor da universidade e o ministro da educação da Grécia. E nada! Aí desistiram e em um dia e meio conseguiram um visto pra ele ir pra Suécia e agora ele vai estudar lá. E o pior: depois de saber que meu colega tinha um visto pra Suécia, o cônsul da Grécia disse que só devolveria a papelada dele depois de ver o visto e se ele assinasse um papel dizendo que era culpa dele não ter conseguido o visto não do cônsul!
Isso me deixou basicamente enojada. Como uma única pessoa pode ter tanto poder e ser tão cara de pau?! Eu falei pro meu colega que ele devia reclamar pros diplomatas paquistaneses, mas parece que nossa coordenadora vai tentar fazer algo sobre isso... O cara era professor em uma universidade, largou tudo pra ir pro programa e quase que ele não consegue ir porque um grego resolveu que ele não devia entrar na Grécia! É um absurdo completo!

Bom, todas essas coisas me fazem pensar em ter cada vez mais cuidado com a forma como trato as pessoas e com os estereótipos. É difícil não ter nada pré-concebido, mas é bom pelo menos termos noção do que temos de preconceito pra tentarmos nos dar conta disso e tentar bloquear um pouco... E, se possível, se livrar deles! :D